Nem toda deficiência é visível
Nem toda deficiência é
*Por Amanda Ribeiro
Muitos acreditam que a pessoa com deficiência é aquela que utiliza cadeira de rodas para se locomover ou que suas limitações são apenas fisicamente evidentes. Mas, nem sempre é possível ver a deficiência no primeiro momento, o que não significa que ela não exista.
Existe deficiência intelectual, autismo, deficiência auditiva e até mesmo deficiência física que podem não ser vistas. As pessoas com essas deficiências são muito julgadas e passam por muitos constrangimentos.
Alguns julgamentos são:
Nossa, mas essa pessoa nem parece ter deficiência; Essa criança não é de colo, por que está na fila prioritária? Usa cadeira de rodas, mas fica em pé, anda, mexe as pernas. Por que estacionou em vaga para deficientes e saiu do carro andando?
É necessário dar acessibilidade e inclusão para as pessoas com deficiência não visíveis, esta acessibilidade pode ser feita por meio de tecnologia e capacitação.
Autismo não tem cara
Não existe nenhuma característica física que identifique o autista. Atrás de uma pessoa que não tem “cara de autista”, existe uma pessoa que precisa de empatia, acolhimento e uma família que luta diariamente para dar mais qualidade de vida e autonomia para essa pessoa.
Para os pais, cuidadores, adolescentes e adultos autistas, o fato de terem que reafirmar constantemente o seu diagnóstico, torna-se algo desgastante e frustrante. Dizer a uma pessoa autista: Nossa você nem parece autista! Não é um elogio.
É muito importante lembrar que o autismo é transtorno neurológico, não físico. Nenhum dos sintomas principais do TEA (Transtorno do Espectro Autista) é unicamente sobre características físicas, logo, os médicos não diagnosticam com base na aparência de uma pessoa.
Não julgue! Às vezes, uma criança que está agitada, ou chorando muito, pode ser uma criança autista que está em crise. Acolha, pergunte se pode ajudar em alguma coisa.
Você conhece o Cordão de Girassol?
O Cordão de Girassol tem como principal objetivo auxiliar a identificação de pessoas com deficiências não visíveis em grandes estabelecimentos. Ele é usado para sinalizar a prioridade de atendimento e suporte diferenciado a indivíduos com deficiências ou necessidades específicas de saúde.
Criado por funcionários do aeroporto de Gatwick, em Londres, em 2016, eles transformaram esse acessório em um símbolo de apoio, para facilitar o acolhimento de pessoas com deficiências ocultas. As pessoas que usam o colar, não buscam qualquer privilégio, mas apenas um pouco de compreensão e empatia.
Amanda Ribeiro Mãe do Arthur, 4 anos, autista.
Autora do Blog @mamaequeviaja
& Diretora da Incluir Treinamentos Colunista de Acessibilidade e Inclusão
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