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FÉRIAS: Como ficam os estímulos sensoriais em uma viagem com crianças com TEA?




Recentemente fizemos uma viagem que participamos como voluntários, e o Arthur foi com a gente claro, mas por ser um evento muito grande com mais de 2000 pessoas tem muitos estímulos sensoriais.


Já sabíamos disso mas o ano passado o Arthur esteve neste evento e foi diferente de um ano para o outro muita coisa mudou, eu acho que nesta viagem os estímulos sensoriais foram maiores talvez porque data vez estávamos na programação muito perto do palco? Hoje consigo ver mais visivelmente as alterações sensoriais do Arthur. Ele tem hipersensibilidade auditiva e visual e hiposensibilidade tátil.

Não dá para evitar todos os estímulos, não posso deixar ele longe de todos os barulhos luzes e som, ele precisa se acostumar, mas também precisamos respeitar os seus limites, para evitar uma crise! .

Respeitar: deixei bem à vontade, levava ele para assistir um pouquinho do programa e das músicas mas quando ele não queria mais eu saía.

Previsibilidade: Para tudo o que iria acontecer eu ia avisando, chamei o evento de festa, e falava nós estamos indo para a festa lá tem muitas crianças, as crianças gritam uhuhuh, cantam, vai ter isso, agora vamos fazer isso....

Aproximação: Deixava ele perto da porta, ia entrando aos poucos devagar, para ele ir se acostumando, no tempo dele, sem pressa!

Evitar: Na hora dos fogos, ou quando eu sabia que o barulho iria ser muito alto eu tirava do ambiente! Eu sei que ele vai chorar, desorganizar e pode entrar em uma crise então eu evito!

Reorganizar: Quando eu percebo que ele está desorganizado, ele corre fazendo estereotipia, vocal ou flapping, eu levo ele para um lugar mais calmo, sem barulho, sem estímulos. No caso tinha uma sala lá no subsolo com um aquário enorme com peixes, o Arthur chegava lá via os peixes e já se acalmava, começava a falar, e virou o nosso quiet room!

Abaixo o Arthur está tampando os ouvidos, desorganizado, tinha muita gente, muitos estímulos visuais e auditivos, tirei ele imediatamente deste ambiente e levei ele para um parquinho vazio, pronto ele começou a sorrir e curtir novamente!

Saber as alterações sensoriais que o seu filho tolera é a parte mais importante para controlar os estímulos sensoriais, durante uma viagem não conseguimos privar de todos os estímulos, mas podemos prevenir crises se saber dosar os estímulos, saber o antecedente, se a criança foi muito exposta a estímulos, falta de rotina, uma simples frustração pode gerar uma crise. Por isso a melhor forma é conhecer os limites de cada criança e se organizar para não chegar neste limite!


Não é fácil, mas não é impossível fazer uma viagem legal sem crises!

É possível fazer viagens sem crises, quer mais dicas? Entra em contato comigo!

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Amanda Ribeiro .

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© 2017 por  Amanda Ribeiro a MAMÃE QUE VIAJA  

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